O segundo mandato de quatro anos de Powell como presidente da autoridade monetária se encerra em 2026, no meio do mandato do próximo presidente dos EUA. Ele foi indicado por Trump em 2018 e renovado no cargo pelo atual presidente, o democrata Joe Biden.
Em uma entrevista à rede de negócios Fox Business, Trump foi categórico ao negar a possibilidade de indicar Powell para um terceiro mandato e explicou os motivos de sua insatisfação. “Não, eu não o indicaria. Acredito que ele é político. Acho que ele pode agir de maneira a favorecer os democratas, reduzindo as taxas de juros”, afirmou à entrevistadora Maria Bartiromo.
Trump expressou sua preocupação de que reduzir as taxas de juros representa um risco de provocar inflação, especialmente nos preços da energia, devido à situação geopolítica. Ele destacou a instabilidade no Oriente Médio, sugerindo que eventos como conflitos na região podem levar a aumentos significativos nos preços do petróleo e resultar em inflação.
Sobre possíveis substitutos para Powell, Trump não ofereceu nomes específicos, dizendo apenas: “Eu teria algumas opções. Não posso dizer agora”.
Trump também atribuiu a recente alta no mercado de ações dos EUA a si mesmo, afirmando que os investidores acreditam que ele será reeleito.
Críticas
Nesta semana, Powell respondeu de forma evasiva a uma pergunta sobre as críticas que tem enfrentado de líderes republicanos durante as primárias presidenciais. Quanto à possibilidade de buscar um novo mandato, ele afirmou não ter uma posição definida sobre o assunto, destacando: “Não é algo em que estou concentrado. Estamos dedicados a realizar nosso trabalho”.
Esta não é a primeira vez que Trump lança acusações de interferência política no Federal Reserve. Em 2016, durante a campanha, ele afirmou que Janet Yellen, então presidente do Federal Reserve, estava mantendo as taxas de juros baixas para favorecer o presidente Barack Obama. Ele declarou na época: “Ela é claramente política e faz o que Obama quer que ela faça. Deveria se envergonhar.”
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